domingo, 22 de julho de 2012

É preciso formar mais os professores

A coordenadora do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens (CAOJ) do Porto, Teresa Vilaça, considerou hoje que "ainda há muito a fazer" em Portugal quanto à educação para a sexualidade nas escolas portuguesas, em especial dar formação aos professores.

"Estamos praticamente no início", afirmou, em declarações à Lusa, Teresa Vilaça, que hoje participou no seminário "Investigação e Práticas em Educação em sexualidade", que decorreu na Fundação Manuel António da Mota, no Porto.
Segundo a professora da Universidade do Minho, a "lei está bem construída, prevendo que o projeto educativo de cada turma contemple educação para a saúde, nomeadamente a educação para a sexualidade, mas falta dar formação aos professores".
"A vontade política já existe, mas é preciso organizar esforços. É importante que as universidades colaborem na formação de professores", salientou.
Enquanto coordenadora do CAOJ do Porto, que é um projeto da Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a Sida", Teresa Vilaça defendeu também que organizações não-governamentais devem continuar a apostar na formação de jovens universitários.
"Os estudantes podem fazer a educação pelos seus pares do ensino secundário e básico", frisou.

A educação pelos pares é uma expressão que descreve uma variedade de expressões educativas onde pessoas com idade, "background" e cultura semelhantes educam e informam-se uns aos outros sobre uma variedade de assuntos ou problemas.
Questionada se a internet é atualmente um veículo de informação para os adolescentes sobre matérias de sexualidade, Teresa Vilaça considerou que "é uma potencialidade, mas pode também transformar-se numa barreira".
"É extremamente importante desenvolver espírito crítico para que os jovens saibam descodificar a informação", acrescentou.
Na sua opinião, é preciso perceber quais são os projetos de formação sobre o tema que se têm mostrado mais eficazes, porque "tão importante como prevenir condições de saúde negativas, como uma gravidez indesejável na adolescência, é também relevante promover a saúde sexual e reprodutiva".

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